terça-feira, 13 de janeiro de 2009

TROCARALHO DO CADILHO


















Não tem jeito, morre torto.
E tem mais: te direi quem são
Porque pra mim o negócio são os amigos,
Mas os falsos; esses são à parte!
Mesmo se essa parte que parte
Leve saudades de alguém
Que chora pelo leite que evitou derramar
Não adiantou.
Já tinham dito:
Em terra de cego,
Vão-se os anéis e ficam-se os dedos!
Afinal, mais vale um na mão,
Que cinco no ferro
Que fere.
Mas eu,
Mesmo ferido,
Não ferirei!
Pois nesse Rio que só tem piranha
O burro tem que saber nadar
Seja nas costas
Do pau do Chico
Ou do Francisco,
Que hoje comem os mesmos farelos
Dos porcos com os quais se juntaram
Navegaram, navegaram
E morreram na praia
Assim como São Tomé,
Tiveram que ver para crer
Acabaram cuspindo no prato que comeram
E como desperdício não é fartura
Eu vou direto ao assunto sem firula:
- Morreu Odete
O melhor cú da praça!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

DEVANEIOS, OVOS FRITOS E AS PERCEPÇÕES DE REALIDADE

Vivendo inexoravelmente em solução densa de emoções, nossas mentes se fazem claras de ovos quando encontram o óleo quente na frigideira. Endurecem ou amolecem? Depende do ovo, do óleo, da frigideira e dos frágeis sentimentos que fervem no caldeirão dessa corrente sanguínea.

Olha, vejam: esquecemos do fogo! Aquele mau elemento que cisma em aquecer e colorir nossas percepções de falsas realidades. Porque de real aqui não há ovo, nem óleo, frigideira, frágeis sentimentos ou falsas percepções. Tampouco são reais aquelas moedas, bancos ou até mesmo o supermercado onde o óleo, o ovo e nós nos encontramos.

Está tudo boiando e pelo sangue sendo levado contra essa corrente que prende nossos fluxos de desejos por fantasias. Talvez as fantasias, essas sim sejam as coisas mais reais que somos capazes de absorver. Se acha que estou mentindo, por que não experimenta usar o absorvente da sua irmã?

Mas, não conte você que alguém vai passar a entender alguma outra coisa a partir disso tudo. Pelo que consigo ver daqui, o pessoal vai continuar nessa sala convidando neurônios e memórias perdidas para um jantar inesperado à luz de velas. Assim, mesmo diante da mais profunda escuridão dos nossos sentidos, estaremos iluminados pela magia da causa-efeito-flor-de-lotus.

E que nos jardins clonados da nossa própria natureza humana, possamos nadar duas ou três vezes por semana depois do trabalho. Vamos brincar de bater o record de existência durante vinte e quatro horas de um dia de nossas vidas. E deixemos que a morte nos separe apenas daquilo que não conhecemos e não fazemos a mínima questão de conhecer.

Zelador ou Porteiro

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Rio de Janeiro, Brazil
Mulato Albino, filho da Nanci. Tão neto do Péricles que chega a ser amigo do Boné e vizinho do Pizza. Andou com Kichute demais. Acabou ficando com Pé de Bola.